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Uma variedade para dragão nenhum botar defeito, a pimenta bhut jolokia é a escolha dos bravos. Ou seja, ela está acima de nomes consagrados como a famosa malagueta, a clássica dedo-de-moça e a habanero.
Se você é do tipo que gosta deste tempero, adora até mesmo um molho de pimenta para churrasco, venha conosco conhecer tudo sobre a rainha das pimentas. Afinal, a pimenta bhut jolokia é quase nuclear, é o tipo mais forte do mundo!
A origem da pimenta bhut jolokia
Pode fazer chorar, mas as pessoas estão na vibe de provar tipos de pimenta cada vez mais fortes. Sendo assim, os resultados são desmaios, suadouros e muito calor. Com isso, a dona do pedaço anda sendo a pimenta bhut jolokia, também conhecida pelo simpático nome de pimenta-fantasma.
Curiosidade à parte, o importante para esses fanáticos é que ela é, segundo o livro dos recordes, a variedade mais “braba” que existe.
A princípio, sua origem começou há dez anos, na Índia. Devido a um cruzamento entre pimentas de ardor extremo, ela tem uma classificação que passa a incrível marca de 1 milhão numa escala chamada de Scoville.
Provocando tanto fortes emoções quanto lágrimas, seu poder de fogo acabou por atrair a atenção de pimenteiros ao redor do globo, cativando até mesmo os fãs de outras espécies. Sendo assim, a internet acabou sendo ponto de encontro para a venda de frutos e sementes da pimenta bhut jolokia.
Mesmo assim, para dar mais água na boca, ela ainda está tomando o lugar da “biquinho” pela versatilidade na hora de compor petiscos e pratos “calientes” por todo o Brasil. Como resultado dessa brincadeira de gente grande, o importante é conhecer melhor essa fera e saber que, quem não aguenta, bebe leite!
A pimenta bhut jolokia e as mais populares no Brasil
Antes de saber tudo sobre a pimenta, saiba que a escala Scoville é uma classificação que mede a ardência das pimentas e seus derivados, como os molhos e produtos à base do fruto. Para tanto, ela analisa a concentração da capsaicina, o componente que produz a sensação de ardor. Aliás, a palavra capsaicina é um termo científico.
Em terras brasileiras, apesar da fama da pimenta bhut jolokia, é a malagueta que costuma ser a mais empregada para produzir molhos e demais conservas. Sendo assim, é hora de citar outros tipos comuns por aqui.
Para isso, confira abaixo o poder da pimenta bhut jolokia na escala Scoville comparado às variedades mais populares por aqui:
- Pimenta bhut jolokia, com incríveis mais de um milhão;
- Pimenta malagueta, com sessenta mil;
- Pimenta-de-cheiro, de dez mil a cinquenta mil;
- Pimenta dedo-de-moça, de cinco mil a quinze mil;
- Pimenta biquinho, com um mil na escala.
O vício em pimenta
Parece exagero, mas os mais devotos da pimenta bhut jolokia chegam a lidar com a variedade como se fosse uma droga. Isso porque seu efeito já começa queimando as línguas mais fracas. Ou seja, ao morder a danada, ela libera uma substância chamada capsaicina, seu composto químico mais ativo.
Ela estimula todos os receptores de dor e de calor da língua. A partir daí, nosso cérebro interpreta esses efeitos como se nossa língua estivesse em brasa. Como resultado disso, outros receptores do sistema nervoso chegam a produzir a endorfina, um hormônio responsável por produzir aquela sensação de prazer e bem-estar.
Vale lembrar que a capsaicina ainda altera o equilíbrio da nossa temperatura corpórea, resultando em suor e ondas de calor. Sendo assim, fique atento ao ingerir alimentos como esse, pois tipos como a pimenta bhut jolokia, uma das mais picantes do mundo, exigem até mesmo o uso de luvas, de tão violentas que são.
Sim, a manipulação sem essa proteção pode danificar não apenas os tecidos da pele como também os olhos. Sendo assim, depois de manusear e tocar essas pimentas, sempre lave muito bem suas mãos, de preferência com suco de limão. Em virtude disso, se você for dividir essa espécie radioativa com amigos, seja responsável e avise sobre os perigos.
Aderindo à moda da ardência máxima
A pergunta é comum, mas todos se perguntam o porquê dessa paixão por pimentas que “assam” a boca.
De acordo com especialistas, a explicação está na ligação entre espécies como a pimenta bhut jolokia e a sensação que ela provoca. Em suma, a relação é de recompensa. Para tanto, o prazer em saborear esses frutos ainda pode estar presente até mesmo na ingestão de cápsulas.
Em meio a um almoço ou janta, assim como um molho de pimenta para feijoada, apreciadores da boa gastronomia ainda tiram o aroma e ardor das pimentas com as substâncias presentes nesses produtos. O importante é saber que o poder e ardor de toda pimenta está presente nas células ligadas às sementes.
Para quem não sabia, a pungência do fruto não está na semente. Ou seja, para tirar suas dúvidas, procure tocar nessa área para descobrir e a força de uma pimenta. Entretanto, saiba que, quanto mais perto do cabo, mais ardida fica a pimenta.
A família do ardume
Existe uma teoria que diz que as pimentas têm origens na região Amazônica. Mesmo que apresentem ardor e sabor diferente, tipos como o tabasco, jalapeño e o pimentão chegam a ser parentes. Embora a “biquinho” tenha ardor zero, ela ainda é da mesma família da pimenta bhut jolokia, pertencente ao gênero das capsicum.
Pelo capricho da natureza, elas têm as sementes abundantes e são bem fáceis de cultivar. Além do mais, a família das pimentas ainda pode adicionar novos parentes via cruzamentos genéticos. Com isso, se cultivadas próximas, variedades picantes e doces podem resultar em sabor e ardência distintos.
Como exemplo clássico, essa foi a origem da variedade “malaguetão”, a união da malagueta com a dedo-de-moça.
Confira abaixo quais são as cinco variedades mais cultivadas:
- A annuum;
- A chinense;
- A baccatum;
- A pubescens;
- A frutescens.
A pimenta bhut jolokia e a produção nacional
Apresentando muitas regiões ensolaradas, o Brasil pode oferecer pimenta todos os meses do ano. Para isso, citamos variedades como dedo-de-moça e pimentas-de-cheiro como as mais abundantes. Dessa forma, temos como grandes produtores os seguintes Estados:
- Minas Gerais;
- São Paulo;
- Goiás;
- Ceará;
- Pará;
- Bahia.
Se você gostou do assunto, percebeu que pimentas ardidas não fazem mal. Até porque elas estão presentes em diversos restaurantes. Entretanto, com a popularização da pimenta bhut jolokia, na internet e casas de comida mexicana e peruana, o alimento ganhou valor e cada vez mais adeptos.